ESSAS CINCO PERGUNTAS,SÃO A FERRAMENTA CHAVE NA MONTAGEM DE UM BRIEFING.O BRIEFING DE MARKETING RESUME O TODO,MAS AS VERDADES DITAS PELO EMPRESÁRIO SÃO VERDADES INTERPRETADAS.
O QUE MOVE O MUNDO SÃO AS PERGUNTAS?
VARIÁVEIS QUE INFLUÊNCIAM NO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Verba Predeterminada:A verba da propaganda,promoção e relações públicas geralmente é determinada para todo um exercício fiscal (1 ano) e raramente é alterada, a não ser que exista um sério problema ou uma grande oportunidade.
Administração: Administrar a verba anual do cliente para que seja bem aplicada no momento certo e comparada o máximo possível com o mesmo dinheiro.
Confiança:O atendimento tem que ser ativo e estar sempre alerta,mas também precisa ter paciência e calma para aguardar o momento certo de realizar as ações que o cliente necessita.
Atendimento Criativo:Exercer a sua criatividade na busca de soluções para o anunciante e que naturalmente,resultem em mais futuramente para a agência (perfil generalista).
UM PROFISSIONAL DE NEGÓCIOS
O DEVER DO ATENDIMENTO
O PROFISSIONAL DO ATENDIMENTO DEVE:
Atender sempre as necessidades dos clientes intermediando as ações que levam ao todo. Contribuir sempre para o sucesso do cliente, colocando sempre em primeiro lugar os interesses do mesmo.Sempre vender serviços, idéias e projetos adequados ao plano de comunicação em questão. Saber as ferramentas de argumentação necessária oferecendo ao cliente a compreensão do que lhe é ofererecido. É importante lembrar que a interação entre agência e cliente gera um relacionamento duradouro dando continuidade aos trabalhos e oferecendo a ambas às partes o maior esclaecimento da questão. A agência deve sempre colocar o cliente em primeiro lugar,afinal já dizia o velho ditado: “O cliente sempre tem razão.”Se o cliente ganha,consequentemente a agência ganha junto, por isso é preciso refletir:
“O QUE É BOM PARA O CLIENTE, SEMPRE É BOM PARA A AGÊNCIA, MAS O QUE É BOM PARA A AGÊNCIA NEM SEMPRE É BOM PARA O CLIENTE.”
Entra em questão a atitude ética da agência, zelando por uma postura justa, e consequentemente aprofundando a relação de confiança direta do cliente.Outra questão importante é a relação de atendimento ao cliente que às vezes é confundida, o atendimento precisa se portar como um assessor e não como um fornecedor. O fornecedor esta ali apenas para fornecer,ele não precisa estudar a fundo os problemas,pesquisar sobre o assunto,ele não tem ligação com o resultado da soma.Já o assessor é o braço direito daquele trabalho ele precisa sim entender todas as questões, chegar a soluções, o assessor depende tanto do bom resultado quanto o dono da conta. Ele tem 100% de envolvimento com o mercado e com a empresa.
O ATENDIMENTO DO FUTURO
Hoje a tecnologia com seu processo cada vez mais veloz, faz à comunicação depender mais de especialistas, que por sua vez se socorrem de profissionais de outras áreas. Pode-se então visar uma grande rede de colaboradores crescendo,como uma colcha de retalhos sendo tecida.Essa rede nos faz perder a noção do todo,tornando-se necessária a presença de verdadeiros profissionais que sejam as ligas,ou as costuras dessa colcha.
Para que essa colcha possa continuar sendo tecido o profissional do atendimento precisa então voltar a sua postura “generalista”, conhecendo de tudo em pouco e sempre orientando o cliente. Podemos dizer que o atendimento tem a função hoje de operar o nível estratégico,almejando cada vez mais o conhecimento para a discussão de qualquer assunto com especialistas. O novo atendimento de acordo com seus conhecimentos em varias áreas tem a função de assessor, não só do cliente, mas também de todos os stakeholders. Assim deve-se preparar cada vez mais o profissional do atendimento,explorando assim suas habilidades em lidar com problemas,se relacionar bem com as pessoas,negociar,administrar,planejar,coordenar,supervisionar e é claro vender.O atendimento deve ter o conhecimento mais que suficiente dentro e fora da agência,com intuito de estabelecer um relacionamento eficaz,facilitando assim a teia da comunicação entre todos e consequentemente melhorando os resultados.
Pode-se concluir que a agência de hoje deve trabalhar de forma participativa dando importância ao trabalho de equipe. O profissional do atendimento deve coordenar toda essa estrutura,mostrando ao cliente a sua credibilidade.Credibilidade essa que resultará na confiança do cliente para com a agência,no seu crescimento e também o crescimento da própria agência.A agência deve trabalhar como uma família,todas as áreas interligadas em harmonia,harmonia essa orientada pelo profissional do atendimento.
PEQUENA HISTÓRIA DO PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO
A história começa na mais ou menos nos anos 50, naquela época o atendimento era declarado oficialmente o órgão central de uma agência. Essa posição era possível porque o relacionamento pessoal entre o atendimento e os anunciantes eram ponto crucial para a permanência do cliente na agência.Sabia-se que a conta se ajustava em raízes tão profundas e seguras ,que seguia o profissional do atendimento por onde quer que ele fosse.Os diretores de arte e ilustradores nessa época,trabalhavam separadamente,além disso os redatores contratados eram na verdade contistas,jornalistas,escritores e até poetas.O departamento de mídia não dispunha da qualidade e rapidez das informações como temos hoje,afinal o número de veículos de comunicação eram inferiores.
Porém a partir do ano de 1960 esse fator começa a mudar. A TV ganha força e desbanca a liderança do rádio representando então 55%da verba publicitária(posição mantida até os dias atuais).Esses acontecimentos então são responsáveis pelas maiores mudanças no setor.A primeira mudança é o crescimento da exigência entre as multinacionais em relação a um trabalho mais técnico oferecido por parte das agências.Essa posição reflete nas agências que por sua vez enviam seus profissionais ao exterior incentivando assim o aprendizado e contribuindo para o desenvolvimento profissional. O amadurecimento do profissional do atendimento se torna visível, e como conseqüência desaparece das agências a figura do “dono da agência”. As agências criam o sistema de “duplas de criação”,compostas por um redator e um diretor de arte,além disso mudam seu foco da parte gráfica direto para a eletrônica,dando agilidade e qualidade aos serviços.Essas pequenas mudanças foram tão eficazes que são mantidas até hoje.
Entre o final dos anos 60 e o inicio da década de 70, os profissionais da área de criação são aplaudidos pelas conquistas de diversos prêmios nacionais e internacionais, o mundo da publicidade começa a ganhar os olhares do povo, assim surge à chamada explosão da criação gerada pelos profissionais do mercado. Nessa época o atendimento “concede a liberdade aos criativos” na elaboração das campanhas e muda o seu foco diretamente para o planejamento e também a parte administrativa das campanhas.
Da metade dos anos 70 até a década de 80 o centro das atenções se volta para os profissionais da mídia que criam o grupo de mídia, fator “x” para o desenvolvimento e padronização dos sistemas de trabalho. Assim o profissional de mídia acabam-se unindo ao atendimento para as famosas visitas aos clientes. Sem perceber, aos poucos, o atendimento ia diminuindo a sua participação nos trabalhos. Com o surgimento da figura do planejador,os planos são desenvolvidos pelo triangulo:atendimento,planejamento e criação.Na década de 90 então,o atendimento se vê restrito apenas as funções administrativas.Essa pequena evolução nos faz pensar no papel do atendimento nos dias atuais,e quão importante é representado seu papel nas agências.O que o atendimento precisa na verdade é de uma nova postura dentro das agências evoluindo de acordo com que a historia da publicidade tem evoluído e crescido nos dias atuais.
(Fonte:O atendimento na agência de comunicação Autor:Roberto Corrêa)